segunda-feira, 1 de agosto de 2011

O CRIA na roda de debates sobre exploração

A psicóloga e coordenadora da área de Direitos Sexuais e Reprodutivos daqui do CRIA, Irene Piñeiro, participou, da 2ª Roda de Conversa sobre “Tráfico de Crianças e Adolescentes para fins de Exploração Sexual”. A videoconferência, organizada pelo Governo do estado da Bahia em parceria com o Comitê Estadual de Prevenção e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, foi realizada na última terça-feira, dia 19 de julho.

Segundo Irene, essa é uma importante iniciativa para discutir e dialogar sobre um crime que tem como um das maiores dificuldades a invisibilidade. “Fala-se muito pouco desse problema e isso dificulta o trabalho de atendimento às vitimas e da elaboração de políticas públicas”, afirma. A psicóloga revela, também, que, de acordo com uma pesquisa da Universidade Federal da Bahia (UFBA), 1/3 dos municípios baianos identificam esse problema com as crianças e adolescentes das suas regiões. Essa ação ajuda, portanto, às discussões saírem da capital, possibilitando que essa questão possa ser trabalhada, também, nas cidades do interior.

O enfrentamento à violência sexual contra crianças e adolescentes é uma das militâncias do CRIA. O espetáculo Quem me ensinou a nadar?, de um dos nossos grupos residentes, o Iyá de Erê, é um exemplo da nossa busca por trabalhar a prevenção juvenil com foco na arte. Irene Piñeiro afirma que a atuação do CRIA busca a participação dos jovens e o fortalecimento de suas comunidades. “Através do teatro damos visibilidade a problemas como o tráfico de pessoas e a exploração sexual. Permitimos a esses adolescentes que rompam com o ciclo de violência, fazendo com que eles tenham acesso a uma série de direitos como a saúde, cultura, arte, senso de cidadania, etc”, declara.

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