
Depois de dois anos, a montagem volta com fôlego renovado,
mas com a mesma essência de saber tocar o coração de adultos e crianças. Do
início ao fim da peça elas vibram, fazem perguntas e pedidos aos personagens
querendo entrar também na história. Iale Ribeiro, 8 anos, já tinha ficado perto
de um palhaço em uma peça que ela assistiu antes em outro teatro e disse que, o
que mais gostou ao ver o espetáculo do CRIApalhaço, foi a parte do nascimento
de Rutinho na peça. “Eu achei muito engraçado”.
Os adultos também tem sua vez de curtir o espetáculo, como
é o caso do supervisor de segurança Adenilson Carvalho, que aproveitou sua
folga para ir à Mostra. “Esse trabalho faz a gente voltar à nossa infância e
lembrar as coisas boas daquela época”, declara ele que aproveitou e levou à
esposa junto para ver a peça. “As crianças estavam entendo tudo e os adultos
curtiram bastante também”, diz Eva de Matos Carvalho. “Eu gostei deles atuando
e passando as mensagens através da inocência das brincadeiras de criança. A
gente que é adulto fica comovido e participa também”.

Com a VII Mostra, o CRIA dá continuidade à sua missão de
revelar a arte para a cidade através do talento e da dedicação dos grupos
artísticos. “A mostra deste ano foi linda. É a mostra do tamanho, da grandeza,
da beleza destes meninos”, diz Carla Lopes, Coordenadora da Área das Artes.
“Quando eu os vejo em cena, eu vejo os desafios, as histórias de vida, as
superações reveladas em arte e que eles estão maiores a cada dia, perante o
público e perante a vida.”
Para ela, são 18 anos de busca do aperfeiçoamento e do
respeito da plateia. “Os meninos são de uma grandeza imensa e eles revelam isso
com beleza, coragem e dignidade”.