Acontece nos
dias 15 e 16 de dezembro na Casa e no Cine XIV – Pelourinho, o Resistência CRIAtiva Ano I. O evento realizado pelo CRIA – Centro de
Referência Integral de Adolescentes em parceria com a organização internacional
Pão Para o Mundo – PPM, traz para pauta da Cidade o extermínio da juventude negra. Na ocasião, cerca de 19 comunidades de Salvador articuladas
pelo CRIA e representações expressivas na luta contra o genocídio da juventude negra estarão presente. Essa iniciativa foca no empoderamento de
jovens para desenvolver estratégias utilizando a arte e a cultura como
elementos capazes de colaborar no processo de superação das violências em suas
comunidades e garantir o seu direito de transitar livremente como jovem negro
na Cidade.
A programação
inclui Rodas de Conversas, exibição de Documentário sobre a temática e
apresentação de Espetáculo Teatral. A Abertura no dia 15/12 às 9h, será com a
Roda de Conversa Genocídio da Juventude Negra: Eu tenho direito a vida não quero ser
estatística, com mediação de Juliana Santos do Movimento sem teto da
Bahia – MSTB e participação de Silvo Humberto Fundador da Steve Biko e
vereador, Grassyela Nobre da Anistia Internacional e Pedro Zack Jovem Dinamizador Cultural do CRIA. Ainda no
dia 15/12, no turno da tarde a apresentação
do espetáculo Pra lá de tempo do CRIA, que traz para o palco a temática do
extermínio da juventude negra
No segundo dia
da programação às 9h, na Sala de Arte XIV – Pelourinho, acorrerá a exibição do documentário A memória viva de Saramandaia,
premiado nacionalmente, produzido e dirigido pelo jovem Lúcio Lima, que
participará também da Roda de Conversa Onde não há arte a Violência vira espetáculo
– estratégias contra o extermínio da juventude negra, nesse mesmo dia
após o Filme
Segundo dados
do Mapa da Violência no Brasil, 56 mil pessoas são assassinadas anualmente e a
Região Nordeste apresentou os maiores índices de violência. Mais da metade são
jovens e, destes, 77% são negros. Além disso, a arma de fogo foi usada em mais
de 80% dos casos de assassinatos de adolescentes e jovens. Para André Araújo, coordenador de equipe do
CRIA, “ A ideia do encontro é reunir vozes que atuam e refletem sobre a violência
cotidiana sofrida pela juventude negra na Cidade e compartilhar experiências e
práticas exitosas para superação e enfrentamento dessas violações”. Toda a programação tem entrada gratuita e
estará sujeita à lotação dos espaços.