segunda-feira, 22 de junho de 2015

Projeto Corra pro Abraço realiza Lançamento da campanha "Acolha, não puna", Roda de Conversa e Forró "Aquitabom"


No  dia 19 de Junho, no terminal do Aquidabã o Projeto Corra pro Abraço realizou mais uma ação de intervenção urbana, com o intuito de lançar a campanha “Acolha não Puna “, na oportunidade aconteceu também  uma roda de conversa  sobre as políticas de drogas no Estado da Bahia,   além de muito forró e comidas típicas para finalizar o evento.

Maria Eleonora Rabêllo, da coordenação do CRIA e do Projeto Corra pro Abraço, comenta que “sempre foi uma marca da metodologia do CRIA, que foi adaptada para o contexto e o perfil da população participante do Projeto, realizar ações políticas de mobilização social, tendo a cultura como um eixo importante que transversaliza a ação".

Na roda de conversa estava presente a equipe do Projeto Corra pro Abraço e do CRIA, usuários, pessoas em situação de rua e representantes do poder público diretamente ligado ao tema. Um dos participantes da roda Leon Garcia, sub secretário nacional de políticas sobre drogas, falou da importância de olhar para essas pessoas como seres humanos, "é importante pararmos de achar que tudo é culpa das drogas,  temos um caminho longo pela frente para mudar a mentalidade da população brasileira, das forças de estado e das das policias. Uma das saídas é diminuir a injustiça social, ter mais oportunidades para estudos, trabalhos e ir até os locais, dialogar de igual para igual sem colocar barreiras."


Denise Tourinho, superintendente da SJDHDS, chamou atenção para os direitos das pessoas em situação de rua e a criação do projeto Corra pro Abraço. "precisava ter gente que trabalhasse com educação e arte e que a equipe teria que ter um perfil, perfil esse que tinha que se sentir integrado com a realidade, é o quê acontece com a equipe do Corra, são excelentes profissionais envolvidos


Wagner Coutinho Alves, historiador e Mestre em Antropologia, deixou claro que não se pode fazer uma política que funcione sem ouvir as pessoas interessadas e cita a campanha, "a campanha passa por isso, acolher e não punir, o direito de ter sua dignidade e seus diretos humanos respeitados. utilizar a metodologia do encontro, onde o usuário tenha para onde ir, um espaço para essas pessoas chamarem de seu e se sentirem útil, fazendo parte do todo como todos."

Os moradores de rua presentes na roda falaram sobre suas experiências e seus pontos de vistas. Josenildo, conhecido como Queimadinho, que mora na rua há 16 anos falou sobre a discriminação que sofre e pelo desejo de realmente ter oportunidades.

Um dos pontos altos do evento foi a troca entre moradores de rua e  representantes do poder público, sociólogos e profissionais de saúde presentes. No final as falas de protesto, governamentais, e sobre a realidade da rua deram lugar à sanfona, brincadeiras e comes e bebes juninos e uma grande confraternização.




quarta-feira, 10 de junho de 2015

Ato Contra Redução da Maioridade

Um ato público contra a redução da maioridade penal vai lotar o Largo da Dinha, no Rio Vermelho, nesta sexta-feira, 12 de junho. Programado para as 16h30, o evento será marcado por intervenções culturais, poéticas e por um 'pipaço' que promete colorir o céu daquele trecho da orla soteropolitana.

Além disso, uma tribuna popular, aberta para contribuição de todos, vai dar destaque às vozes contrárias à aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 171/1993.
Organizada por entidades de defesa dos direitos da juventude, pela comissão parlamentar de Direitos Humanos, da Assembleia Legislativa da Bahia e por ativistas , apoiado por parlamentares e partidos políticos contrários à alteração da idade penal, a iniciativa surgiu da campanha 'Reduzir Não é Solução', que vem alertando para os perigos da aprovação da PEC pelo Congresso Nacional.


A ideia, segundo os organizadores, é mostrar para a população que cultura, arte, educação e lazer são mais importantes para a juventude do que o encarceramento em cadeias e presídios.O CRIA não poderia ficar fora deste ato, por fazer parte da sua militância, que é a garantia dos direitos da criança e do adolescente.Um evento foi criado no Facebook (bit.ly/ReducaoNao) com quase 2 mil convidados está mobilizando as pessoas a participarem do ato.



INCONSTITUCIONAL

A expectativa é que a proposta de redução da maioridade penal seja votada no dia 17 pela Câmara dos Deputados. O projeto, que tramita desde 1993 na casa legislativa, é considerado inconstitucional por diversos juristas e já foi repudiado por entidades como a Unicef e a Organização das Nações Unidas.
Em nota divulgada no mês passado, a ONU disse acompanhar “com preocupação” a possibilidade de redução da maioridade penal de 18 para 16 anos no Brasil.

Segundo a entidade, a criminalidade na adolescência e juventude se deve, entre outros fatores, à falta de acesso a políticas públicas em diversos setores, como saúde, educação, habitação, trabalho e emprego.
“Dados oficiais mostram que, dos 21 milhões de adolescentes que vivem no Brasil, apenas 0,013% cometeu atos contra a vida. Os adolescentes são muito mais vítimas do que autores de violência”, defende a instituição em um dos trechos do comunicado.

Entre os motivos pelos quais a proposta deve ser combatida está também a flagrante inconstitucionalidade, uma vez que a PEC fere a cláusula pétrea que trata dos direitos humanos e das garantias fundamentais. Apenas a convocação de uma assembleia constituinte poderia alterar o trecho constitucional que impede a aprovação da redução.

Afora essa questão, que poderá ser debatida do Supremo Tribunal Federal (STF) caso o Congresso Nacional aprove a pauta, a PEC 171 afronta tratados internacionais dos quais o Brasil é signatário, como o Pacto de San José da Costa Rica, pilar da defesa dos direitos humanos na América, e a Convenção sobre os Direitos Humanos de 1989.


Vamos divulgar e participar CRIAtivos!