Começa hoje (3) e segue até o dia 7 no Teatro Castro Alves, a VI Bienal dos Jovens Criadores da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP). Esta é a primeira vez que o Brasil sedia o evento, que visa consolidar esse espaço como um fórum de diálogo, incentivando, apoiando e promovendo a criatividade, inovação e empreendedorismo da juventude lusófona e pretende reunir jovens criadores dos oito países que compõem o Bloco – Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste –, possibilitando uma rica troca de experiências e vivências nas mais diversas áreas da cultura.
Entendendo os jovens como agentes de direitos, a VI Bienal estimulará o fortalecimento e a interação das redes de juventude e de cultura, a fim de promover o exercício da emancipação, da participação e da mobilização. São essas premissas que levam o Governo Federal, por meio da Secretaria Nacional de Juventude, da Secretaria-Geral da Presidência da República, a organizar o evento e valorizar o papel dos jovens criadores no processo de integração da CPLP. A Bienal, cujo tema é “Política de Juventude e Cultura Livre”, conta com a parceria dos Ministérios da Cultura; Esporte; Relações Exteriores e do Governo do Estado da Bahia.
As inscrições para a Bienal ocorreram no período de 1º a 30 de setembro, para os jovens brasileiros e dos outros países, todos com idade entre 18 e 30 anos. Os projetos apresentados e selecionados contemplam as seguintes áreas:
•Artes Visuais: exposições e mostras de pintura, escultura, desenho, gravura, grafite e fotografia e intervenções urbanas;
•Arte Digital: videoarte, instalação, performance, web arte, mapping;
•Artes Integradas: que contemplem mais de uma linguagem;
•Audiovisual: curtas, médias metragens;
•Circo: espetáculos circenses de rua ou palco;
•Dança: espetáculos de dança de rua ou palco;
•Música: shows, DJs e VJs;
•Teatro: performances e espetáculos de teatro de rua ou palco, adulto ou para infância e juventude;
•Literatura: publicações (ex: cordel, H.Q, prosa, poesia, poesia) com finalidade de divulgação e contação de histórias;
•Artes Aplicadas: coleções de moda e joias.
Programação – A partir da abertura do evento, às 17h, no Teatro Castro Alves, com a presença dos Jovens Criadores da CPLP, o encontro terá uma ampla programação, com oficinas, seminários, exposições e agendas culturais. Os debates estarão concen
trados no Complexo dos Barris e a programação cultural acontecerá, na sua grande maioria, nos espaços do Pelourinho. Para o encerramento, no dia 7/12, está previsto um grande Cortejo, a partir das 20h, com show de encerramento das 22h às 23h30.
Sobre a VI Bienal – A I Bienal de Jovens Criadores aconteceu em 1998, na cidade de Praia, em Cabo Verde. As cidades de Porto, em Portugal e Maputo, em Moçambique, sediaram, respectivamente, a II Bienal no ano de 2001 e a III Bienal, em 2006. Em 2009 foi realizada a I Mostra de Jovens Criadores em Lisboa, tendo como conceito fundamental “ser um espaço de encontro entre os jovens da CPLP, com base nas perspectivas culturais de cada uma, nas diversas formas de expressão”. A última Bienal aconteceu em Angola em 2011 e, após a edição brasileira, em 2013, teremos as edições de Moçambique (2015); Portugal (2017) e Guiné-Bissau (2019).
A VI Bienal terá como uma de suas principais diretrizes a integração cultural entre as juventudes dos países participantes do evento. A partir da imensa diversidade de manifestações, identidades e visões de mundo presente na juventude brasileira e dos demais países, a VI Bienal pretende ser um espaço de debate, reflexão e expressão cultural. O encontro ainda pretende abordar as Políticas Públicas de Juventude no Brasil, para que sejam compartilhadas com os participantes dos demais países.
O encontro receberá diversos segmentos artísticos, como bandas de música, grupos de dança, companhia de teatro, coletivos de artes visuais, exposição individual. Tendo em vista a necessidade de integração cada vez maior entre as juventudes da CPLP, o evento trará como uma de suas diretrizes, o debate em torno da cultura digital e o seu papel na consolidação da articulação entre os países do Bloco.