No sábado
dia 04 de Julho aconteceu mais um encontro da formação
de Jovens Dinamizadores Culturais, projeto realizado pelo CRIA com o apoio da
Secult (Secretaria de Cultura do Estado da BA). Essa formação fecha o módulo da segunda
etapa, partindo para o 3º módulo: Arte
educação como instrumento de transformação social.
Para
fechar o segundo módulo cuja temática foi Cidadania e Formas de Atuação Comunitária os jovens dinamizadores
culturais receberam para mediar o diálogo, Marcos Magalhães, representante da
Secretaria de Justiça dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social, que facilitou o debate sobre a redução da maioridade penal. Na apresentação Marcos expôs o histórico do surgimento da discussão que originou a
criação da pauta da redução da maioridade penal no cenário nacional, os
principais argumentos utilizados pelos defensores da redução, e os pontos
centrais dos que são contra a redução.
“Está iniciativa é uma tentativa de mudar o foco
punitivo da discussão. É preciso
reconhecer que hoje há uma crescente
fragilidade das políticas sociais no país na grande desestrutura da rede de proteção”.
Destaca André Araujo, Coordenador de equipe multidisciplinar do CRIA. André
ainda completa o que anda observando desses encontros e o que ele espera com os
demais módulos que estão por vir. “O que tenho percebido
é que o processo formativo tem despertado nos participantes a noção
de cidadania, de uma política mais engajada.” Essa afirmação , é
facilmente identificada nas falas e nos novos conceitos agregados ao
discurso cotidiano de suas ações comunitárias. Um dos exemplos citados por
André foi uma iniciativa do grupo pautar na formação a necessidade de refletir sobre
a redução da maioridade penal. “Ao meu ver tal iniciativa se deve a ampliação
da capacidade desses jovens em fazer leitura de contexto e buscar compreender
melhor o que está acontecendo em seu entorno. Esse processo é o
que esperamos que aconteça, desenvolvimento
de habilidades para incidir politicamente nos processos e nos momentos em
que eles estão sendo gerados”, finaliza.
Islânia
Almeida 23 anos, jovem da Bumbá (Escola
de Formação Artística) e integrante da formação falou do que achou “Fique
extremamente feliz por estar naquele encontro, primeiro por ser um ambiente de
formação pensada para juventude. Perceba a contradição da sociedade, se de um
lado temos cidadãos organizações , entidades e movimentos sociais pensando e
executando estratégias de formações para a juventude, do outro existe cidadãos
governantes e o suporte da mídia a favor do encarceramento desses jovens . Os espaços
em que tenho ocupado ultimamente tem me ‘obrigado’
a sair do meu lugar de conforto e a falar sobre o que ninguém quer ouvir, mesmo
quando se é inevitável falar. É lindo demais ver a juventude conhecendo,
lutando e pensando em direitos de um coletivo e não num individual.Parabenizo a
todas as instituições, e parabenizo ao CRIA por estas e tantas outras
iniciativas.”
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