Farida e representante da United Nations Human Right (esq.) |
A Especialista Independente em Direitos Humanos Culturais do Conselho de Direitos Humanos da Organização das
Nações Unidas (ONU), Farida Shaheed, esteve na sede do CRIA no último dia 16 de
novembro.
A visita foi resultado de um convite do MINC - Ministério da Cultura,
por meio da Gerência de Integração e Assuntos Multilaterais da Diretoria de
Relações Internacionais, feita ao CRIA para participar de uma pesquisa que está
sendo realizada pela ONU, levantando dados para compor um Relatório sobre a
situação do Direito à Cultura no Brasil.
Na oportunidade, a especialista paquistanesa Farida Shaheed assistiu à apresentação
da peça "Quem Somos Nós?", com o Grupo Pessoa Comum. Em seguida, ela
participou de uma Roda de Conversa com Gestores, Equipe de Educadores e Jovens
Dinamizadores Culturais do Pessoa Comum.
As questões levantadas pela pesquisadora giraram em torno dos desafios
para o acesso à produção cultural da população brasileira, os desafios
enfrentados pelos jovens para implementarem as ações que realizam, o que acham
que o governo poderia fazer para democratizar mais os direitos à cultural.
“Foi muito boa a conversa”, ressalta Maria Eleonora Rabelo, Coordenadora
Institucional do CRIA. “Muito bom para a sustentabilidade política do CRIA ser
referência para uma pesquisa tão importante para a radicalização da democracia
em nosso país”, reconhece Elleonôra. Segundo ela, todos, equipe e jovens
dinamizadores, poderão participar da pesquisa com idéias e sugestões para
garantir os direitos culturais, que serão reunidas durante as rodas do ELE -
Espaço de Linguagem e Expressão e depois enviadas para a perita.
O relatório
sobre a visita de Farida ao Brasil deve ser concluído no início de 2011. O
documento será enviado ao governo brasileiro e, em seguida, publicado.
Farida em roda de conversa com jovens do Pessoa Comum |
A jovem Jucilene Anunciação viu
no encontro uma oportunidade de relatar como a formação recebida no CRIA pode
lhe proporcionar novos aprendizados. “A gente pode passar o que aprende para
nossa família e nossa escola. Os jovens da nossa comunidade também acham interessante
as mensagens da peça e fazem perguntas sobre o CRIA”.
Orlando Junior também compartilhou sua experiência diante
dos questionamentos colocados. “Depois do CRIA minha vida mudou muito. Tenho um
plano de atuação na comunidade dando aula de capoeira. Nossa maior dificuldade
é falar sobre esses temas que estão no nosso dia a dia, como os jovens do nosso
bairro que morrem cedo. É bom a gente passar para nossa comunidade que a gente
pode mudar isso.”
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