quarta-feira, 5 de maio de 2010

Como foi o Encontro de Adolescentes do FNDCA?

Confira a entrevista feita pelos integrantes do blog Fala Jovem com os participantes do II Encontro Nacional de Adolescentes.

“O encontro foi um cocha de retalhos de identidades e com varias cores que nosso Brasil tem. Muito dinâmico, com gincanas. Gostei muito do método usado, pois, a maioria das vezes, para nos adolescentes é muito difícil você sentar e ouvir só palestras. E todo aprendizado adquirido irei repassar para minha comunidade, que por sinal, foi muita coisa, o encontro foi muito especial para mim e com certeza para todos”.
Iasmin Xavier –
CRIA (Centro de Referência Integral de adolescentes) – Bahia.


“O encontro foi muito bom, aprendi coisas que eu não sabia sobre políticas publicas para crianças e adolescentes, este é a primeira vez que participo de um encontro nacional, antes somente em regionais do estado da Paraíba. O que mais me chamou atenção o debate sobre a sexualidade, pois nunca havia participado desse tipo de debate, e repassarei o que eu aprendi”. 
Luiz Romário da Silva Moura- – KNH – Minas Gerais.


Jovens Jornalistas: Em sua explanação, foi enfatizado o sistema socioeducativo, que na teoria é excelente, mas na pratica, não é bem exercida. O que falta para que as políticas públicas deste atendimento aconteçam? 
Fabio: Temos alguns desafios de fato, no Sistema de Garantia de Direitos (SGD) e também alguns buracos. E por isso, precisamos ter um conselho tutelar forte, um conselho de direito forte, um juizado, uma promotoria, uma defensoria trabalhando em conjunto. E o grande desafio é ter essa rede articulada, porque se não temos um conselho e um SGD forte, então, por exemplo, não teremos o sistema de medidas socioeducativas, enfraquecida. E é preciso de fato ter um SGD forte, para que possamos garantir políticas públicas, realmente garantidas.

Jovens Jornalistas: No debate você citou duas avaliações sobre centros de internação provisória, um onde as medidas socioeducativas funcionam bem e outro em lugares que são parecidos com presídios. O CONANDA (Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente) tem feita alguma coisa para mudar essa realidade?
Fabio: De fato citei dois, um caso do Rio de Janeiro e o outro de Belo Horizonte, onde já trabalhei. Mas pode ser que haja mais no Brasil. E foi por isso que também disse que temos de trazer também os bons resultados, que estão acontecendo, para termos uma visão diferente do Brasil. E esse é o grande desafio, de levar os bons resultados para todos. E para que de fato, os centros de internação seja sócioeducativo e lá dentro os adolescentes terem direito a uma escola de qualidade, esporte, cultura, lazer, profissionalização, atendimento médico, e de saírem com uma postura diferentes para sociedade. Mas, o mais importante é garantir lá dentro que o SGD funcione e tenha todos esses direitos sendo dados, e assim não precisarmos criar mais centros. Esse é o grande sonho nosso! E o CONANDA hoje para alcançar este grande desfio precisará da ajuda dos adolescentes, pois essa é construção da Política Nacional do Sistema Socioeducativo, e trará todas as políticas macros, tais como: saúde, educação, esportes, dentre outras. Além disso, nós não queremos crianças trabalhando, exploração sexual, adolescentes cometendo atos infracionais. E por isso temos que garantir as políticas do artigo 4º do ECA (estatuto da Criança e do Adolescente), e termos o SGD articulado, para efetivar o efetivar ECA, e um mundo melhor.Tem uma frase que diz: “Se o mundo é bom para as crianças, o mundo é bom para todo mundo.”
Fabio Feitosa da Silva- Presidente do CONANDA (represente dos Maristas)
# conanda@mj.gov.br- ffeitosa@marista.edu.br

Jovens Jornalistas: Seu ponto de vista como um dos coordenadores do encontro, em relação às expectativas, foram alcançadas?
Valdir: Acredito que todo trabalho que nós realizamos, nesses dias, muito antes na preparação com os adolescentes da metodologia, participando e revendo todo esse processo, foi o que nos deu credibilidade ao trabalho que realizamos aqui em Mendes. E por isso acredito as nossas expectativas, nossos desejos foram alcançadas de uma maneira lúdica, bate papo cabeça, que conseguiu formar, criar e incentivar experiências que irão contribuir na formação social coletiva das políticas publicas das nossas infâncias e juventudes do nosso Brasil.Mas, esse resultado não seria possível sem os apoios tanto na parte financeira, conto na logística desse evento, que com certeza somaram para o fortalecimento da nossa rede de garantia e promoção dos direitos da criança e do adolescentes.
Valdir Gurgel - Secretário de Articulação do FNDCA (represente dos Maristas)

Jovens Jornalistas: Quanto à execução pretendida do Grupo Parangolé e facilitador do encontro, qual a sua avaliação?
O Grupo Parangolé se sente lisonjeado de ter sido convidado para a condução metodológica desse encontro de adolescentes, por que, nós vimos a importância do evento para o país, e também ficamos surpreso com o grau de consciência dos adolescentes, e interesse dos mesmos em discutir temas importantes como a sexualidade, a maioridade penal e até mesmo o direito a participação. Nós tentamos proporcionar que o encontro fosse de formar prazerosa, e pra nós foi. Pois vimos no brilhos dos olhos da moçada, que também estavam dentro e envolvidos, além das avaliações positivas. Mas, ainda gostaria de ouvir, se fosse possível fazer, uma avaliação, sobre o que realmente acharam da metodologia inovadora sistêmica, através de uma gincana, com provas!
Rodolfo Alexandre Cascão Inácio - Grupo Parangolé (facilitadores do encontro)


Equipe de Cobertura: Talisson Leite

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