Nos
dias 15,16 e 17 de Outubro aconteceu a IX Mostra A Cidade CRIA Cenários de
Cidadania. Este ano de 2015 com uma novidade, as Rodas de Conversa. A noite
ocorreram as apresentações, com os espetáculos Quem me Ensinou a Nadar?, Pra
lá de Tempo e um grupo convidado o Novos Novos com o
espetáculo Diferentes Iguais.
As
Rodas de Conversa foram uma feliz novidade neste nono ano da Mostra, com
temas importantes para o CRIA: A Qualidade da Educação Pública
como um Direito; Identidade Cultural como Elemento de Resistência; Participação
Juvenil e Articulação Comunitária.
Patrícia Moscozo, Educadora do
CRIA, relatou como espectadora a primeira Roda de Conversa “Achei muito interessante,
houve participação maciça dos jovens, as perguntas que os jovens fizeram das
falas foram de bastante qualidade, perguntas pertinentes e que acabou
aprofundando e levando o debate para uma discussão muito legal.”
Esta
primeira Roda que teve como tema A Qualidade da Educação Pública como
um Direito, contou com a presença na mesa da ACEP-
Associação para a Cooperação entre os Povos/Rede Vozes de Nós, na
presença de Maria de Fátima Lonet Delgado; a Campanha
Nacional pelo Direito a Educação de Qualidade com Maria Célia Giudicci;
a Cipó /Rio Vermelho Bairro Escola, na figura de
Fernanda Colaço e Josué Leite; o Instituto
Inspirare representado por Daniela
Silva; a Secretaria Estadual de Educação com Rowenna
Brito/ Coordenadora de Educação Integral e a Professora Camile
Viana Escola Municipal Senhora Santana, o Educando Walisson Santos. Cada
um com seu olhar e ponto de vista, falando sobre o sistema educacional atual,
gerando anseios nos presentes e instigando a se perguntarem como é a
escola que temos e como ela deveria ser.
Fernanda
Silva Arte Educadora do CRIA falou como foi para ela esta Roda: “Foi muito
especial pra mim por ocupar esses dois espaços: como arte educadora e como
aluna, lembrar de todo o meu processo até chegar aqui, ter sido professora na
escola pública Manoel Novais onde eu fui aluna. Minha necessidade é analisar
como eu fui como aluna para estar como arte educadora hoje e saber o que eu não
quero passar como professora para meus alunos”. Durante a Roda, houve também um
momento simbólico, a entrega do PNE – Plano Nacional de Educação, tanto para os
educadores quanto para os jovens que se pronunciaram e falaram do
interesse em se tornarem professores mesmo diante da situação atual da
educação.
Depois
dessa tarde de provocações sobre a educação a programação da IX Mostra seguiu
com os espetáculos e com outras temáticas abordadas nas Rodas: a história dos
Filhos de Gandhy, do Ilê Aiyê, a questão religiosidade versus religião,
empoderamento, gênero... foram temas que trouxeram para pauta um debate rico,
que geraram reflexões como esta do Diretor do Ilê Aiyê Edmilson Lopes no
segundo dia de Roda, com tema Identidade Cultural como Elemento
de Resistência “ O que eu aprendi, só vai fazer efeito quando eu fizer
multiplicar”.
No
último dia a Roda com o tema: Participação Juvenil e Articulação
Comunitária, os convidados contextualizaram as suas histórias de
acordo com o tema, contaram as suas experiências no CRIA e com o CRIA, os
trabalhos que são desenvolvidos nas suas comunidades e também aqueles que
passaram pelo projeto Formação de Jovens Dinamizadores Culturais, trouxeram
a sua bagagem, a aplicabilidade dos aprendizados e as dificuldades encontradas,
gerando assim pauta para o debate entre todos os presentes.
Não
acabou aí, após cada maratona de temas e reflexões teve casa cheia no teatro
todos os dias com a presença expressiva do público, trazendo emoção e beleza,
despertando o interesse pelos debates ao final das apresentações, com a
interação do público com o elenco e convidados.
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