quarta-feira, 15 de julho de 2015

Formação de Jovens Dinamizadores finaliza mais um módulo de debates




No sábado dia 04 de Julho aconteceu mais um encontro da formação de Jovens Dinamizadores Culturais,  projeto realizado pelo CRIA com o apoio da Secult (Secretaria de Cultura do Estado da BA). Essa formação fecha o módulo da segunda etapa, partindo para o 3º módulo: Arte educação como instrumento de transformação social. 

Para fechar o segundo módulo cuja temática foi Cidadania e Formas de Atuação Comunitária os jovens dinamizadores culturais receberam para mediar o diálogo, Marcos Magalhães, representante da Secretaria de Justiça dos Direitos Humanos e Desenvolvimento Social, que facilitou o debate sobre a redução da maioridade penal. Na apresentação Marcos expôs o histórico do surgimento da discussão que originou a criação da pauta da redução da maioridade penal no cenário nacional, os principais argumentos utilizados pelos defensores da redução, e os pontos centrais dos que são contra a redução.

“Está iniciativa é uma tentativa de mudar o foco punitivo da discussão. É  preciso reconhecer  que hoje há uma crescente fragilidade das políticas sociais no país na grande desestrutura da rede de proteção”. Destaca André Araujo, Coordenador  de equipe multidisciplinar do CRIA. André ainda completa o que anda observando desses encontros e o que ele espera com os demais módulos que estão por vir. “O que tenho percebido é que o processo formativo tem despertado nos participantes a noção de cidadania, de uma política mais engajada.”  Essa afirmação , é facilmente identificada nas falas e nos novos conceitos agregados ao discurso cotidiano de suas ações comunitárias. Um dos exemplos citados por André foi uma iniciativa do grupo pautar na formação a necessidade de refletir sobre a redução da maioridade penal. “Ao meu ver tal iniciativa se deve a ampliação da capacidade desses jovens em fazer leitura de contexto e buscar compreender melhor o que está acontecendo em seu entorno. Esse processo é o que esperamos que aconteça, desenvolvimento de habilidades para incidir politicamente nos processos e nos momentos em que eles estão sendo gerados”, finaliza.

Islânia Almeida 23 anos, jovem da  Bumbá (Escola de Formação Artística) e integrante da formação falou do que achou “Fique extremamente feliz por estar naquele encontro, primeiro por ser um ambiente de formação pensada para juventude. Perceba a contradição da sociedade, se de um lado temos cidadãos organizações , entidades e movimentos sociais pensando e executando estratégias de formações para a juventude, do outro existe cidadãos governantes e o suporte da mídia a favor do encarceramento desses jovens . Os espaços em que tenho ocupado ultimamente tem me  ‘obrigado’ a sair do meu lugar de conforto e a falar sobre o que ninguém quer ouvir, mesmo quando se é inevitável falar. É lindo demais ver a juventude conhecendo, lutando e pensando em direitos de um coletivo e não num individual.Parabenizo a todas as instituições, e parabenizo ao CRIA por estas e tantas outras iniciativas.”


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