A psicóloga e coordenadora da
área de Direitos Sexuais e Reprodutivos daqui do CRIA, Irene Piñeiro, participou,
da 2ª Roda de Conversa sobre “Tráfico de
Crianças e Adolescentes para fins de Exploração Sexual”. A videoconferência,
organizada pelo Governo do estado da Bahia em parceria com o Comitê Estadual de
Prevenção e Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, foi realizada na última
terça-feira, dia 19 de julho.
Segundo Irene, essa é uma
importante iniciativa para discutir e dialogar sobre um crime que tem como um
das maiores dificuldades a invisibilidade. “Fala-se muito pouco desse problema
e isso dificulta o trabalho de atendimento às vitimas e da elaboração de
políticas públicas”, afirma. A psicóloga revela, também, que, de acordo com uma
pesquisa da Universidade Federal da Bahia (UFBA), 1/3 dos municípios baianos
identificam esse problema com as crianças e adolescentes das suas regiões. Essa
ação ajuda, portanto, às discussões saírem da capital, possibilitando que essa
questão possa ser trabalhada, também, nas cidades do interior.
O enfrentamento à violência sexual contra crianças e
adolescentes é uma das militâncias do CRIA. O espetáculo Quem me ensinou a nadar?, de um dos nossos grupos residentes, o Iyá de Erê, é um exemplo da nossa busca
por trabalhar a prevenção juvenil com foco na arte. Irene Piñeiro afirma que a
atuação do CRIA busca a participação dos jovens e o fortalecimento de suas
comunidades. “Através do teatro damos visibilidade a problemas como o tráfico
de pessoas e a exploração sexual. Permitimos a esses adolescentes que rompam
com o ciclo de violência, fazendo com que eles tenham acesso a uma série de
direitos como a saúde, cultura, arte, senso de cidadania, etc”, declara.
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